Campanha alerta sobre riscos, orientação e conscientização sobre Obesidade Infantil
Conteúdo digital produzido por alunos do curso de medicina FACERES chama atenção para uma das maiores preocupações de pais e médicos
As taxas de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes aumentaram. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) chama atenção para os índices preocupantes de sobrepeso na infância no Brasil. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças e adolescentes se encontram acima do peso.
Foi-se o tempo em que criança obesa era sinônimo de saúde. Atualmente, a obesidade infantil é preocupação para pais e médicos e é um dos maiores problemas de saúde pública a ser enfrentado. A obesidade é uma doença crônica, ou seja, que ainda não tem cura, mas tem tratamento e controle, assim como a asma ou o diabetes.
Visando esse problema, a terceira etapa do curso de medicina da FACERES, turma XVI, através do eixo do Programa de Integração Comunitária, desenvolveu materiais diversos sobre essa temática. “É um assunto que merece atenção e cuidado. O material, divulgado por meio de redes sociais, é voltado para a conscientização e orientação da população em geral sobre essa temática”, afirma Fernanda Novelli Sanfelice, coordenadora da disciplina.
O conteúdo digital foi apresentado durante uma reunião virtual que contou com a participação do médico pediatra e pneumologista, Dr. João Paulo Scamardi Silvado. “As peças desenvolvidas pelos alunos são de grande importância no aprendizado para os próprios estudantes e, principalmente para a população, melhorando o estilo de vida e a alimentação das crianças, almejando uma melhor qualidade de vida no futuro”, conta o médico.
A Organização Mundial da Saúde considera a obesidade uma epidemia mundial causada principalmente por maus hábitos alimentares e falta de atividade física. Segundo a OMS, o aumento da obesidade infantil decorre da alteração na disponibilidade e tipo de alimento consumido, associada a um declínio na atividade física da criança, que resulta em desequilíbrio energético.
A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida. Nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro.
Crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas articulações e nos ossos, diabetes e doenças cardíacas.
A pandemia de COVID-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo.
Para evitar esses riscos, é essencial que a introdução alimentar seja feita no período correto (a partir dos 6 meses, após o período de aleitamento materno exclusivo) e com os alimentos balanceados. Se esse período não tiver o cuidado e atenção necessários, as crianças ficam expostas cada vez mais cedo aos alimentos ultra processados e industrializados.
Portanto, o acesso à informação sobre escolhas mais saudáveis para as famílias, profissionais de saúde, cuidadores e responsáveis é fundamental para combater o problema.