Geral

O projeto didático-pedagógico do curso de Medicina tem como objetivo principal formar um Médico que atenda às necessidades reais e atuais da população, sendo generalista, com conhecimento científico, humanista, crítico, reflexivo, habilitado e treinado para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, com ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e habilitação da saúde nos âmbitos individual e coletivo, contribuindo para o profissional da área da saúde, principalmente, contribuindo para a qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Específicos

Para atendimento ao objetivo geral estabelecido para o curso, serão desenvolvidos objetivos específicos, concebido com base nas DCNs, principalmente, na Resolução CNE/CES nº 3/2014, proporcionando uma formação para que nossos egressos tenham competências e habilidades de modo que:

1) Compreendam as particularidades de seu funcionamento e as responsabilidades inerentes a cada ator dentro do sistema;
2) Lidem com a complexidade e a magnitude do SUS no que tange à questão dos direitos do cidadão e da transparência do maior sistema de assistência gratuito do mundo na destinação de recursos públicos e na sua execução;
3) Trabalhem pela manutenção, aprimoramento e expansão do SUS contribuindo assim com a sua consolidação;
4) Tenham competência para contribuir na elaboração do Mapa Sanitário Local e Regional das necessidades de saúde, das necessidades sanitárias de saúde, de equipamentos de saúde, para que este diagnóstico possa nortear as políticas e os investimentos em saúde, com foco sempre no acesso;
5) Reconheçam a importância e a competência dos Conselhos de Saúde em todas as suas instâncias, municipal, estadual e nacional, pois estes é quem contribuirão para a tomada de decisões do gestor e fiscalizarão a aplicação dos
recursos públicos em saúde nas suas diversas modalidades (Atenção Básica, Atenção de Média e Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS);
6) Tenham conhecimento sólido de toda a legislação que rege o funcionamento do SUS;
7) Contribuam e participem das instâncias de Controle Social (Conferências e Conselhos de Saúde), processo democrático decorrente da ampla participação das pessoas e movimentos sociais, a partir dos mais variados espaços
constituídos;
8) Tenham consciência que todos usam o SUS por meio de inúmeras redes de serviços e ações que estão presentes na vida de todos os brasileiros e de muitos estrangeiros. Isto se dá através das ações de promoção da saúde, de
vigilância sanitária, da vigilância epidemiológica e controle de doenças (epidemias, endemias), de imunizações, de programas orientados para grupos populacionais e problemas específicos (Saúde Mental, Saúde da Criança, Saúde
da Mulher, Saúde do Idoso, Saúde dos Trabalhadores), de redução de danos, de assistência e reabilitação, de produção de insumos (vacinas, medicamentos, equipamentos e outros), de iniciativas e medidas para a educação em Saúde.
Enfim, uma ampla gama de programas, serviços e ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde, efetivadas a partir de uma extensa e complexa rede de serviços e ações que conformam um sistema público, em instâncias (inter)
governamentais e âmbitos organizacionais diversos;
9) Contribuam com a elaboração e implementação do plano de educação permanente voltados aos trabalhadores do SUS e à sua própria atualização;
10) Tenham formação para trabalhar em todos os níveis de hierarquia de atendimento, da atenção básica ao de alta complexidade, passando por todas as instâncias intermediárias de referência e contra referência;
11) Contribuam para a reorientação do modelo assistencial;
12) Tenham consciência não só da sua dimensão e a dedicação em relação ao seu esforço técnico e ao aprendizado, mas também sua dimensão política para que possa construir e efetuar as mudanças necessárias para consolidação do SUS;
13) Sejam articuladores e agentes das mudanças necessárias na área da saúde, resultando na consolidação da democracia a partir do momento em que mobiliza o conjunto da sociedade em busca de consensos e melhorias para o
sistema;
14) Desenvolvam habilidades de comunicação, liderança e trabalho em equipe, essenciais para um desempenho profissional de qualidade no âmbito individual e social;
15) Desenvolvam a capacidade de administração de recursos humanos, materiais e de informação de modo a efetivar a competência do trabalho e gerenciamento de equipes de saúde;
16) Tenham compromisso com relação ao cuidado continuado, às equipes multiprofissionais, à ideia de que a equipe multiprofissional é o melhor caminho para melhorar o cuidar das pessoas;
17) Tenham compromisso em construir projetos terapêuticos singulares para cada um porque cada indivíduo é diferente;
18) Tenham compromissos com a atenção primária enquanto espaço permanente de educação e formação profissional e fixação profissional no SUS;
19) Tenham consciência de que o espaço do trabalho em saúde, o espaço de cuidar de saúde pode ser espaço permanente de transformação individual, alivio da dor, transformação coletiva das comunidades, das cidades;
20) Tenham autocrítica suficiente para avaliar se suas atividades garantem o acolhimento de qualidade, em tempo real, adequado para a necessidade de saúde das pessoas;
21) Trabalhem permanentemente de acordo com os indicadores de garantia da qualidade de acesso contribuindo assim para a melhoria na gestão do SUS e do seu controle social e consequentemente do acolhimento de mais qualidade e
em tempo adequado para as necessidades de saúde;
22) Tenham plena consciência de que não existe redução da desigualdade social sem esse grande projeto de inclusão social que é o SUS;
23) Tenham consciência de que não existe crescimento sustentável na economia sem o setor da saúde, a indústria farmacêutica, a indústria de equipamentos, aquilo que é demandado pelo SUS, e que a saúde deve ocupar posição de destaque na agenda de desenvolvimento do país;
24) Tenham consciência de que não existe Bolsa Família se não tiver as equipes de Saúde da Família, os agentes comunitários de saúde, o esforço dos trabalhadores de saúde, não só no ato de cadastramento, mas também na garantia das constitucionalidades;
25) Tenham consciência de que não existe possibilidade de evolução na educação básica e no ensino fundamental sem a participação e a parceria decisiva da área da saúde;
26) Tenham em mente de que nunca seremos uma economia de primeiro mundo se não tivermos um sistema de saúde pública de primeiro mundo;
27) Saibam que promover a assistência pelo SUS é promover a cidadania e colocar à disposição da população desassistida um dos mais importantes instrumentos de inclusão social do País;
28) Busquem garantir o acolhimento de qualidade em tempo adequado às necessidades de saúde daquelas pessoas;
29) Tenham em mente de que não existe modelo de atenção primária à saúde única num País que é tão diverso como o nosso;
30) Tenham consciência de que o SUS é o modelo de estruturação de vários outros sistemas públicos nacionais, principalmente no que tange à descentralização, pactuação, programação integrada entre todas as instâncias de governo, financiamento do sistema e repasses e controle social construído pela participação de todos os segmentos da sociedade;
31) A consolidação do SUS introduz nos equipamentos de saúde, nos hospitais, questões fundamentais dos direitos dos usuários, do direito do acompanhante, da humanização da atenção à saúde, que esse fator simbólico é fundamental para provocar mudanças em toda a rede;
32) Sistematizem e decidam sobre as condutas mais adequadas para a efetivação de procedimentos clínicos e cirúrgicos em ambulatório e atendimento inicial das urgências e emergências em todas as fases do ciclo biológico;
33) Ter a consciência de que “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país”.