
Simulado de acidente aéreo mobiliza equipes de emergência e alunos da Faculdade de Medicina FACERES
Treinamento no aeroporto de São José do Rio Preto reuniu diferentes instituições e proporcionou aprendizado prático e multidisciplinar.
O pátio 2 do Aeroporto de São José do Rio Preto (SP) foi transformado em cenário de um Exercício Simulado de Emergência Aeronáutica, com direito a pouso forçado, princípio de incêndio e dezenas de vítimas. A atividade, promovida pela ASP (Aeroportos Paulistas), mobilizou órgãos de resgate como Corpo de Bombeiros, SAMU, GRAU, Defesa Civil, além de instituições de ensino técnico e superior — entre elas, a Faculdade de Medicina FACERES.
Seguindo todos os protocolos da aviação civil, o simulado contou com triagem das vítimas, definição de zonas de atendimento e atuação integrada entre diferentes frentes. Ao todo, 60 vítimas foram simuladas, com diferentes níveis de gravidade, para testar a capacidade de resposta das equipes em uma situação de emergência real.






O coordenador dos Aeroportos Paulistas, João Paulo Neves, explicou que o exercício é realizado a cada dois anos e visa preparar tanto os serviços de emergência quanto a comunidade do entorno. “É um momento de treinar as equipes e também de testar o atendimento pré-hospitalar numa eventual ocorrência real de acidente aeronáutico”, afirma.
Juliana Machado, do Núcleo de Educação e Urgência da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, destaca a integração entre os serviços. “Esse tipo de simulado ativa toda a cadeia de atendimento e nos prepara para agir com rapidez e eficiência caso um incidente real ocorra”, diz.
A Faculdade de Medicina FACERES participou ativamente com a presença dos alunos, que atuaram como vítimas na simulação. Segundo a coordenadora do curso de medicina, Dra. Mariana Morgan, 20 estudantes da instituição foram maquiados e caracterizados de acordo com os graus de gravidade estabelecidos pelo protocolo. “Eles estudaram os casos, ajudaram na organização dos sinais vitais e entenderam, na prática, como funcionam os bastidores de um grande atendimento em emergência”, explica.



O método utilizado foi o START, sigla em inglês para Triagem Simples e Rápida. O tenente do Corpo de Bombeiros, Diogo Polo Parise, esclareceu que o método permite priorizar as vítimas com maior chance de sobrevivência em cenários com recursos limitados. “Classificamos as vítimas em verde, amarelo e vermelho, de acordo com a gravidade. É uma triagem essencial para salvar o maior número possível de vidas em pouco tempo”, esclarece.
A vivência prática marcou a formação dos alunos, que puderam enxergar de perto os desafios da medicina de emergência. Para o médico do GRAU e professor da FACERES, Dr. Felipe Bicudo, o simulado é uma etapa importante da preparação dos futuros médicos. “Eles se colocam no lugar da vítima e aprendem com isso. Treinar é fundamental para agir com segurança na hora real”, relata.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Rubem Bottas, também elogiou a integração das instituições. “Esse treinamento mostra o quanto a FACERES está comprometida com a rede de urgência. Em uma situação real, essa união entre faculdades, bombeiros, SAMU e outras frentes é o que salva vidas”, diz.
André Petry, residente em Medicina de Emergência e ex-aluno da FACERES, reforçou que o exercício consolida o conhecimento adquirido na graduação. “Aqui, colocamos a teoria em prática e aprendemos a organizar o atendimento para salvar o máximo de vidas.”



Para a coordenadora, Dra. Mariana Morgan, a experiência é um marco na formação médica. “Os alunos aprendem como funciona a organização da equipe, a divisão de tarefas, quem comanda e como se comportar em meio ao caos. Isso será útil para toda a carreira deles”, fala.
O estudante José Luiz Borges, que participou do simulado como vítima, relatou a intensidade da experiência: “Foi sensacional. Estar no lugar da vítima nos faz compreender ainda mais a importância de um atendimento rápido, humano e bem executado”, comenta.