
Faculdade de Medicina FACERES recebe especialistas de todo o Brasil no
Evento reuniu profissionais debater práticas e inovações no ensino médico, com foco na formação de qualidade.
Com mais de 40 palestrantes, 20 debatedores e cerca de 100 participantes, o 4º Congresso Caipira de Educação Médica apresentou uma programação voltada exclusivamente para docentes e gestores, com atividades presenciais realizadas na sede da FACERES, em São José do Rio Preto (SP). O evento abordou temas atuais relacionados à formação médica, promovendo o intercâmbio de experiências entre instituições de ensino de diferentes regiões do país.
Com o tema “Da sala de aula ao cenário de prática”, o congresso reuniu docentes, coordenadores, diretores e especialistas de instituições de ensino médico de todo o Brasil em uma programação intensa, dinâmica e conectada à realidade das escolas médicas.






Mais do que um encontro acadêmico, o congresso se consolidou como um espaço de trocas verdadeiras entre quem vive o dia a dia da sala de aula, do ambulatório e do hospital, com foco nos quatro eixos fundamentais da educação médica: Professor, Aluno, Avaliação e Ambiente.
“Estamos vivendo grandes encruzilhadas na educação médica, como o impacto da inteligência artificial, os dilemas regulatórios e a incorporação de novas tecnologias nas práticas pedagógicas. Discutir isso com outras instituições, de forma aberta, é muito enriquecedor”, destacou o diretor da FACERES e palestrante, Dr. Toufic Anbar Neto.
Segundo Felipe Pacca, presidente do congresso, a ideia foi olhar para toda a trajetória formativa do estudante de medicina, do momento em que ele entra na sala de aula até o cenário real da prática. “Tentamos identificar como, enquanto professores e gestores, podemos melhorar esse processo de adaptação pedagógica. Cada eixo da conferência buscou refletir sobre essa formação a partir de diferentes perspectivas”, explica.
Ao longo dos dois dias, os participantes discutiram temas como avaliação contínua, simulação realística, engajamento dos alunos hiper conectados, vínculo com egressos e a presença da inteligência artificial em sala de aula.






Na palestra sobre avaliação durante o internato, o professor Aristides Palhares destacou a importância de uma abordagem mais ampla e qualificada. “Precisamos garantir que nosso aluno tenha o conhecimento, as habilidades práticas e a postura ética necessária. E isso exige professores preparados para avaliar muito além de uma prova escrita”, afirma.
Já o palestrante Marco Aurélio Marangoni defendeu o papel da simulação realística na formação de médicos mais preparados para lidar com imprevistos. “A simulação capacita o estudante a tomar decisões em situações inesperadas, reunindo conhecimento, habilidade e atitude em favor do paciente”, diz.
Outro destaque do congresso foi o debate sobre o papel dos egressos na melhoria dos cursos. Para o professor Paulo César Espada, manter esse vínculo gera dados valiosos. “Saber onde nossos ex-alunos estão atuando, como avaliam sua formação e como contribuem para a sociedade é fundamental para traçarmos os próximos passos da instituição”, conta o palestrante.



A relação entre alunos e tecnologia também foi abordada pela professora Fabia Vilarino, que propôs um novo olhar sobre o uso da internet e da inteligência artificial em sala de aula. “A tecnologia não deve ser inimiga, mas aliada do professor. Conhecer o aluno e entender o que atrai sua atenção é essencial para engajá-lo de verdade”, relata.
Para o professor Cristiano Machado Galhardi, da Unimar, o evento promoveu um ambiente rico de trocas. “Esses encontros permitem olhares diferentes para o mesmo objetivo: a formação de um médico mais preparado, humano e comprometido com a sociedade”, finaliza o participante.

