Pesquisa da faculdade de medicina FACERES revela avanços no uso de Ibogaína no tratamento de dependência química

Pesquisa da faculdade de medicina FACERES revela avanços no uso de Ibogaína no tratamento de dependência química

Professores e alunos da faculdade de medicina FACERES, em parceria com a Fundação Penteado de Ribeirão Preto-SP, conduziram uma pesquisa sobre o uso da Ibogaína, um fitoterápico conhecido pelo tratamento da dependência química. O estudo proporcionou insights valiosos ao analisar prontuários de mais de 400 pacientes que passaram pelo tratamento com Ibogaína.

A pesquisadora e docente da FACERES, Profa. Dra. Tamara Veiga Faria, afirma a pesquisa é caracterizada como retrospectiva, por isso, ofereceu uma visão abrangente da população estudada. Os participantes, em sua maioria do sexo masculino, apresentaram histórico familiar de uso de substâncias lícitas e ilícitas. A análise desses prontuários permitiu identificar eventos adversos, enfatizando a importância do acompanhamento durante o tratamento”, explica a especialista.

A Ibogaína, extraída da árvore Tabernante Iboga, age na mesma região do cérebro onde álcool e drogas atuam, conhecida como sistema límbico. Dr. Luciano Geraldo Greghi, Clínico Geral especialista em dependência química, explicou que a Ibogaína promove um reset, apagando a memória do prazer associado ao uso, tornando o tratamento uma ferramenta promissora. Ele ressaltou, no entanto, que a Ibogaína não é uma cura por si só, mas uma complementação às terapias convencionais. “Que fique muito bem claro para qualquer dependente para qualquer familiar de dependente, a Ibogaína não é sinônimo de cura para álcool e droga, ela é uma ferramenta que você tem uma perspectiva muito grande de conseguir sair dessa condição aonde você está totalmente afincado no uso de álcool e droga para que você dê continuidade as terapias convencionais”, afirma Dr. Luciano.

A pesquisa também contou com a participação ativa de estudantes, como Herya Maciel Gonçalves, que destacou a importância dos efeitos adversos da Ibogaína na pressão arterial, inclusive em áreas além da psiquiatria, como cardiologia. Esses resultados, embasados por pesquisas literárias, expandem o entendimento sobre os impactos do fitoterápico no organismo. “Além de eu gostar da área da pesquisa, também é fundamental para o meu currículo. É muito importante para mim como a aluna porque eu ainda estou na fase acadêmica, então preciso ter um currículo com vários trabalhos, que valem ponto em residência”, diz a estudante.

Os dados coletados serão agora utilizados para a redação de um artigo científico, solidificando a colaboração entre a FACERES e a Fundação Penteado. A pesquisa, ao revelar dados significativos e promissores, abre caminho para avanços no tratamento da dependência química, além de contribuir para o desenvolvimento acadêmico e científico dos envolvidos.

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