Olhares Sobre a Inclusão: arte e diversidade em exposição na Faculdade de Medicina FACERES

Mostra reúne 30 trabalhos artísticos de instituições sociais e promove reflexão sobre acessibilidade, cidadania e respeito à diversidade.

A valorização da diversidade funcional e o debate sobre acessibilidade ganharam destaque na Faculdade de Medicina FACERES com a abertura da exposição “Olhares Sobre a Inclusão”, que segue aberta ao público até 10 de outubro no hall da instituição.

A mostra reúne 30 trabalhos artísticos produzidos por pessoas atendidas em instituições como a APAE, o Instituto dos Cegos, o Projeto Renascer e projetos voltados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os desenhos foram desenvolvidos durante atividades educativas conduzidas por acadêmicos do 4º semestre de medicina (24ª turma), em parceria com as entidades sociais.

A iniciativa integra o Programa de Integração Comunitária (PIC) e celebra o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, lembrado em 21 de setembro, estimulando a comunidade a refletir sobre inclusão, cidadania e combate ao preconceito.

Segundo a coordenadora de Extensão da FACERES, professora Fernanda Novelli Sanfelice, a exposição amplia o olhar para além das barreiras visíveis.

“Essa exposição nasce de um projeto de extensão realizado em parceria com instituições sociais. Os desenhos refletem como cada participante enxerga a inclusão. Temos até um painel em alto relevo do Instituto dos Cegos, adaptado especialmente para a mostra. Isso valoriza a igualdade de oportunidades e reforça que a inclusão é um compromisso coletivo e essencial para uma sociedade mais justa”, conta.

A coordenadora pedagógica do Instituto dos Cegos, Milena Bertoni, destacou o caráter participativo do processo. “Nós trouxemos um painel com escrituras em relevo, pintado pelos alunos, além de palavras em braile para que pudessem sentir e compreender. Essa adaptação foi fundamental para unir acessibilidade e expressão artística”, explica.

O estudante de medicina da FACERES, Murilo de Vasconcelos Israel, reforçou a importância da iniciativa para a formação acadêmica. “Muitas vezes não se fala sobre acessibilidade no dia a dia. Essa experiência nos fez enxergar pautas importantes para as minorias e trouxe aprendizados que levaremos para a vida profissional”, relata.

Da APAE, a enfermeira Heloísa Torqueto destacou a espontaneidade dos alunos: “Eles se soltaram, interagiram com os estudantes, cantaram e mostraram o quanto a inclusão precisa ser vivida no cotidiano. Foi muito divertido e significativo”, diz.

Já a coordenadora do PIC Atípico, Beatriz Ventrameli, ressaltou o protagonismo das crianças e adolescentes. “Eles puderam mostrar o que veem como inclusão. Foi um exercício importante de reflexão e expressão, que deixou marcas positivas em todos”, conclui.

A exposição convida a comunidade acadêmica e externa a enxergar a inclusão em suas múltiplas dimensões — sociais, culturais, educacionais e humanas.

Reconhecimento público: FACERES recebe Moção de Aplauso pela exposição “Olhares Sobre a Inclusão”

O compromisso da FACERES com a promoção da diversidade e da acessibilidade foi reconhecido oficialmente pela Câmara Municipal de São José do Rio Preto, que concedeu uma Moção de Aplauso à instituição pela realização da exposição “Olhares Sobre a Inclusão”.

A homenagem, proposta pelo vereador Paulo Pauléra, destaca a relevância social e educativa do projeto, que uniu comunidade acadêmica e instituições sociais em torno da valorização da diversidade funcional.

Para a professora Fernanda Novelli Sanfelice, a moção reforça a missão da FACERES de formar médicos com sensibilidade social.

“Esse reconhecimento mostra que a extensão universitária tem um papel transformador. Através da arte, conseguimos aproximar nossos estudantes de realidades diversas e despertar um olhar mais humano para o outro”, afirma.

O diretor da FACERES, Dr. Toufic Anbar Neto, também comemorou a homenagem. “A FACERES tem como propósito formar profissionais tecnicamente competentes e socialmente conscientes. Projetos como esse nos enchem de orgulho, pois mostram que a inclusão não é apenas um tema de sala de aula, mas uma prática vivida dentro da nossa comunidade acadêmica”, destaca.