
Intercâmbio na medicina: quando a experiência vai muito além da sala de aula
Faculdade de Medicina FACERES incentiva experiências internacionais que conectam culturas, ampliam o aprendizado prático e preparam estudantes para atuar em um mundo sem fronteiras.
O intercâmbio universitário não é apenas sobre atravessar fronteiras ou conhecer novas culturas. Na medicina, essa vivência representa um aprendizado em diferentes realidades de saúde, um exercício de empatia e um conhecimento prático que vai além dos livros. É assim que alunos e intercambistas da Faculdade de Medicina FACERES têm descrito essa experiência, que conecta o conhecimento acadêmico à vivência internacional.
Daniele Muni, de 25 anos, natural de Catânia, na Itália, participou do programa de intercâmbio da FACERES em parceria com a IFMSA (Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina). Já é o quinto intercâmbio universitário do italiano, que escolheu o Brasil para ampliar ainda mais seu repertório.
“Essa é a minha primeira vez no Brasil, e sinto que as pessoas fazem o máximo possível para me fazer sentir confortável. Além disso, percebi que os estudantes daqui têm muito mais oportunidades de praticar. Eles têm mais responsabilidades e, durante o internato, conseguem aplicar tudo o que aprenderam nos anos anteriores da faculdade”, conta Daniele.
Essas experiências não se limitam ao aspecto acadêmico. Quem participa de um intercâmbio mergulha em outros sistemas de saúde, vivencia culturas distintas e conhece realidades socioeconômicas diferentes, tornando-se um profissional mais preparado para lidar com as múltiplas demandas da medicina globalizada.
Para Gustavo Cipullo, aluno da 20ª turma da FACERES, que já realizou um intercâmbio na Islândia, a experiência é um aprendizado para a vida. “Nesses estágios internacionais, o mais importante é viver o dia a dia em outro país, aprender com as diferenças, conhecer novas formas de pensar e fazer medicina”, afirma.


Vinda diretamente de Oslo, na Noruega, Hanna Bentsen também escolheu o Brasil para ampliar seus conhecimentos e entender na prática como funciona o sistema de saúde em outra realidade. Durante o intercâmbio, ela participou de atividades hospitalares e acompanhou a rotina do internato dos alunos da FACERES.
“Eu sabia que seria muito diferente do que estou acostumada, e essa foi uma das razões para vir. Queria conhecer uma nova realidade e ver como é a medicina aqui. Foi um desafio vir para um país onde eu não falava nem português, nem espanhol, mas tem sido uma experiência muito interessante”, relata Hanna.
Além da barreira linguística, Hanna teve a oportunidade de observar de perto aspectos do sistema de saúde brasileiro, como a incidência de doenças tropicais, algo raro em seu país. “Na Noruega não temos os casos de dengue e as complicações dessas doenças como vejo aqui. Foi uma das diferenças que mais me chamaram atenção”, compartilha.
O ambiente hospitalar também proporcionou vivências marcantes para a intercambista. “Acompanhei diversas cirurgias e técnicas diferentes, muito além do que estava acostumada. Todos os médicos foram receptivos e explicaram cada procedimento. Isso fez muita diferença na minha experiência”, completa.
A convivência com os intercambistas também é um aprendizado para os estudantes de medicina da FACERES. Carolina, aluna da 20ª turma, acompanhou Hanna durante o estágio e destacou a importância dessa troca. “Foi incrível poder compartilhar esse período com a Hanna. Entramos em cirurgias juntas, conversamos sobre a forma como cada país lida com situações médicas e sociais. É uma oportunidade única de conhecer outra cultura e entender como a medicina funciona em diferentes contextos”, afirma a estudante.
Para o professor e médico Ronaldo Gonçalves, a experiência é enriquecedora também para os alunos brasileiros que recebem os intercambistas.
“Nossos alunos atuaram como intérpretes, acompanharam os procedimentos e tiveram a chance de aprender com cirurgiões de diferentes especialidades. Isso, sem dúvida, agrega muito à formação deles”, pontua.
O programa de intercâmbio da Faculdade de Medicina FACERES é uma ponte entre culturas, saberes e práticas. Mais do que um diferencial no currículo, a experiência abre caminhos para a formação de médicos mais empáticos, adaptáveis e preparados para um mundo cada vez mais interligado.