Faculdade de medicina FACERES assina termo de adesão ao Movimento Não ao Assédio
Instituição terá selo para atestar a adesão a esse proceder ético
A faculdade de medicina FACERES recebeu a presidente da Associação dos Ouvidores (ABO), Profa. Adriana Eugênia Alvim Barreiro, para a assinatura do termo de adesão ao #Movimento Não ao Assédio, o qual sugere posturas preventivas e o acolhimento a respeito com a “Carta Compromisso para a Prevenção e Combate aos Assédios”.
Adriana Eugênia Alvim Barreiro, presidente da ABO ressaltou a importância dessa parceria e o objetivo que trará uma cultura de paz onde divergência e discordância são conflitos administráveis, diferente de assédio.
“A FACERES é a primeira faculdade do Brasil, a assinar o termo de cooperação com a ABO, referente a esta mobilização, dando apoio às ações de valorização e dignidade do ser humano no ambiente de trabalho, etapa importantíssima e referência e estímulo para trabalhar no combate ao assédio”, explicou professora Adriana.
Ressaltou ainda a importância de diferenciar o que é assédio do que é divergência e conflito.
“Por isso, ter essa parceria com a faculdade que já dá voz aos colaboradores e alunos através do departamento de ouvidoria é um passo muito significante. Em primeiro lugar é necessário ter a escuta ativa, confidencial e isenta. Após, é importante encaminhar para uma comissão com acompanhamento dos envolvidos, capacitando as pessoas, mediando conflitos e prevenindo novas ocorrências. A prevenção é sempre a melhor opção”, disse Adriana.
A presidente apresentou estatísticas oficiais sobre assédio moral e sexual que variam entre os países. “No Brasil, o Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou mais de 27 mil denúncias de assédio moral entre os anos de 2005 e 2019. Em relação ao assédio sexual, o último levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que, em 2019, mais de 70% das mulheres brasileiras já foram vítimas de algum tipo de violência sexual. No mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que uma em cada três mulheres já foi vítima de violência de gênero durante a sua vida. É importante destacar que, muitas vezes, o assédio moral e sexual não são denunciados, o que pode levar a uma subnotificação dos casos”, apontou Adriana.
Fernanda Novelli Sanfelicce professora e responsável pela Ouvidoria da faculdade de medicina FACERES destaca a importância dessa parceria que visa coibir e prevenir práticas intoleráveis como assédio e bulling.
“Temos um papel importante na sociedade e precisamos reprimir esse tipo de ação dentro e fora da faculdade,” destaca Fernanda.
As instituições participantes terão um selo para atestar a adesão a esse proceder ético, sugerindo posturas preventivas e o acolhimento a ocorrências dessas práticas, dando apoio às ações de valorização e dignidade do ser humano no ambiente de trabalho. O lema do movimento da ABO é “AQUI NÃO #MOVIMENTO CONTRA OS ASSÉDIOS”.
Segundo dados do Jusbrasil o assédio moral é a exposição, repetitiva e prolongada, dos trabalhadores a situações humilhantes e/ou constrangedoras durante o exercício de suas funções, podendo em quatro formas: 1. Assédio Moral Vertical Descendente; 2. Assédio Moral Organizacional; 3. Assédio Moral Horizontal; e, por fim, 4. Assédio Moral Vertical Ascendente.
Dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) apontam que, somente em 2021, foram ajuizados, na Justiça do Trabalho, mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o país, provando que tais violências são numerosas no mundo do trabalho.
A ABO nos 28 anos de sua existência tem como um dos seus fundamentos a representação dos legítimos interesses dos cidadãos e com esse foco o tema dos assédios (moral e sexual) merece toda a atenção, pois viola a dignidade humana e deve ser enfrentado com maior rigor pelas instituições públicas e privadas.
“A FACERES se orgulha por ser a primeira faculdade do Brasil a ser signatária desta iniciativa da ABO – Associação Brasileira de Ouvidores no “Movimento Não Ao Assédio”. Não se pode aceitar mais atitudes discriminatórias de qualquer natureza. Não basta o repúdio nem belos discursos, a sociedade necessita agir contra este tipo de atitude”, finalizou Dr. Toufic Anbar Neto, diretor da faculdade.