Exposição “Medicina Macabra” explora os limites da ética na ciência
A medicina, ao longo dos séculos, evoluiu de práticas ancestrais a tecnologias de ponta, mas nem sempre por caminhos éticos. Casos reais e assustadores foram mostrados através da exposição “Medicina Macabra”, instalada na faculdade de medicina FACERES.
Sob a curadoria do professor de Ética e Humanidades da instituição, Dr. Araré Carvalho, das acadêmicas Bruna Ferraz Bindella (24ª turma), Maria Clara de Oliveira (23ª turma) e Phaloma Sunammita Gomes da Costa (15ª turma), a mostra expõe os capítulos mais sombrios da história da medicina, trazendo à tona experimentos cruéis, doenças terríveis e personagens que marcaram a história por suas atrocidades.
Professor Araré conta que a exposição resgata episódios marcantes, como as perturbadoras tentativas de transplante de cabeça, a tragédia do Holocausto Brasileiro, e a vida de Joseph Merrick, mais conhecido como o “Homem Elefante”. Além disso, apresenta os métodos cruéis utilizados na Idade Média e as experiências macabras de Josef Mengele durante o nazismo.
“A ‘Medicina Macabra’ tem como objetivo provocar uma reflexão sobre os limites da ciência, as consequências da falta de ética e a importância da empatia na prática médica”, explica Araré.
Através de imagens e documentos históricos, a mostra revela como a busca pela cura, em alguns momentos, se transformou em uma obscura jornada pela dor e pelo sofrimento.
Segundo o Professor Araré Carvalho, “a exposição pode ser vista como uma oportunidade para abrir um debate sobre temas como eugenia, experimentação em seres humanos e a importância da ética na pesquisa científica”.