Com palestras e atendimento em Libras, faculdade de medicina FACERES realiza 7ª edição do Dia do Surdo
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por pessoas surdas, o que representa mais de 10 milhões de cidadãos. Desses, 2,7 milhões têm surdez profunda e não escutam absolutamente nada. Embora haja uma lei que estabelece o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras), essa comunidade ainda enfrenta muitos obstáculos para acesso a serviços básicos oferecidos por empresas, órgãos e entidades.
Com o objetivo de refletir sobre as lutas da comunidade surda por inclusão e oferta de atendimentos especializados, a Faculdade de medicina FACERES realizou o 7º Dia do Surdo.
A programação do evento contou com palestras traduzidas em Libras abordando temas de saúde, como: “Prevenção e diagnóstico do câncer de próstata”, com a Dra. Daiane Cassaro e “Prevenção e diagnóstico do câncer de mama”, com o médico ginecologista e obstetra, Dr. Gabriel Dumbra. Ambos atuam como docentes na FACERES.
Além das palestras, os participantes receberam atendimento individualizado em Libras, com serviços de aferição de pressão arterial, teste de glicemia, teste de IMC, informações e orientação sobre saúde cardíaca e saúde dos 40+, além de encaminhamentos e receitas.
Para o professor de Libras da FACERES, Thiago Vechiato Vasques, a Língua Brasileira de Sinais é fundamental em todos os momentos e no âmbito escolar não é diferente. “Queremos que a comunidade surda tenha acesso a informação sobre saúde de forma clara e acessível, em Libras, criando um espaço acolhedor e inclusivo, onde todos se sintam valorizados e respeitados”, afirma Thiago.
A disciplina de Libras pertence à matriz curricular do curso de medicina da FACERES desde agosto de 2015. É uma forma de preparar o estudante para o atendimento a um paciente surdo.
Para o diretor da faculdade, Dr. Toufic Anbar Neto, o curso de Libras durante a graduação é um diferencial da instituição, pois, em outras universidades, a disciplina geralmente é optativa e, muitas vezes, oferecida com carga horária reduzida e de forma não específica. “Aqui na FACERES, valorizamos o compromisso com a acessibilidade e a inclusão, garantindo que nossos alunos estejam preparados para atender pacientes surdos com respeito e competência,” finaliza o Dr. Toufic.