Campanha Dezembro Vermelho mobiliza estudantes de medicina da FACERES em ações educativas na comunidade

Campanha Dezembro Vermelho mobiliza estudantes de medicina da FACERES em ações educativas na comunidade

Campanha Dezembro Vermelho mobiliza estudantes de medicina da FACERES em ações educativas na comunidade

Iniciativa leva informação, prevenção e acolhimento à população de São José do Rio Preto, com foco no combate ao HIV/Aids e outras ISTs.

Como parte da campanha nacional Dezembro Vermelho, a Faculdade de Medicina FACERES promoveu uma ação educativa voltada à conscientização e à prevenção do HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A atividade foi realizada em pontos estratégicos do município de São José do Rio Preto-SP, como a rede de supermercados Porecatu e o Mercado Municipal, com a participação dos estudantes da 24ª turma do curso de medicina.

A iniciativa teve como objetivo disseminar informações seguras e baseadas em evidências, reduzir o estigma relacionado ao HIV e fortalecer uma cultura de cuidado e prevenção, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a ação, os estudantes, organizados em equipes e supervisionados por docentes do PIX (Programa de Integração Comunitária), realizaram orientações diretas à população, distribuíram preservativos e folders informativos oficiais, além de aferirem a pressão arterial como forma de acolhimento e incentivo ao cuidado com a saúde.

Antes de irem a campo, os alunos passaram por uma capacitação específica, conduzida pela médica infectologista Dra. Bárbara Ferreira.

“A capacitação foi estruturada de forma didática, progressiva e prática, considerando que os alunos estão no início da formação clínica. O objetivo foi prepará-los para atuar em ações comunitárias com segurança técnica, clareza de comunicação e postura ética”, explica a Dra. Bárbara.

Durante o treinamento, foram abordados conceitos fundamentais, como a diferença entre HIV e Aids, formas de transmissão e situações que não transmitem o vírus, além da desconstrução de mitos ainda comuns na população. Também foram discutidos temas como fisiopatologia do HIV, prevenção combinada, uso correto de preservativos, testagem, PrEP, PEP e o princípio Indetectável = Intransmissível (I = I). “Percebemos que muitos alunos tinham conhecimento inicial, mas ainda fragmentado, especialmente sobre indetectabilidade e estratégias como PrEP e PEP. Ao longo da capacitação, esses pontos foram trabalhados, assim como o enfrentamento do estigma social que ainda envolve o HIV”, destaca a infectologista.

Além do conteúdo técnico, a capacitação enfatizou a importância da comunicação em saúde, com linguagem simples, empática e sem julgamentos, respeitando os princípios do SUS e as diferentes realidades sociais encontradas nos espaços públicos.

A atividade também reforça o papel do estudante como multiplicador de informação confiável, contribuindo para o combate à desinformação e ao preconceito.

“Iniciativas como esta reforçam o papel do estudante como multiplicador de informação confiável, contribuindo de forma efetiva para o combate à desinformação e ao preconceito, especialmente em temas tão sensíveis quanto o HIV e as ISTs”, afirma a coordenadora da extensão e do PIC da FACERES, professora Fernanda Novelli Sanfelice.

Instituído pela Lei nº 13.504/2017, o Dezembro Vermelho é uma campanha nacional que reforça a luta contra o HIV/Aids e outras ISTs por meio da conscientização, prevenção, diagnóstico precoce e enfrentamento do preconceito. Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil registrou mais de 40 mil novos casos de HIV em 2022, com maior incidência entre jovens de 20 a 34 anos, o que evidencia a importância de ações educativas contínuas.

O projeto integra o Programa de Extensão Educação em Saúde, fortalecendo a atuação da instituição junto à comunidade e contribuindo para uma prática médica mais consciente, preventiva e humanizada. “Essa experiência evidencia a importância da extensão universitária na formação médica, ao preparar estudantes para atuarem como multiplicadores de informação confiável e agentes ativos no enfrentamento da desinformação e do preconceito”, finaliza a professora Fernanda.

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