American Heart Association atualiza manobra de desengasgo; professora da Faculdade de Medicina FACERES explica mudanças nas diretrizes

American Heart Association atualiza manobra de desengasgo; professora da Faculdade de Medicina FACERES explica mudanças nas diretrizes

American Heart Association atualiza manobra de desengasgo; professora da Faculdade de Medicina FACERES explica mudanças nas diretrizes

American Heart Association atualiza manobra de desengasgo; professora da Faculdade de Medicina FACERES explica mudanças nas diretrizes

Novas orientações da American Heart Association alteram procedimentos para bebês, crianças e adultos. Especialista alerta que os primeiros 10 segundos em um engasgo podem ser decisivos para salvar vidas.

A American Heart Association (AHA) divulgou, em outubro de 2025, uma atualização das diretrizes de desengasgo para bebês, crianças, adolescentes e adultos. As mudanças incluem novas técnicas e modificações importantes no protocolo adotado em situações de emergência.

Segundo a pediatra emergencista, instrutora do PALS e professora da Faculdade de Medicina FACERES, Dra. Maria Carolina De Conti Coelho, agir rapidamente é fundamental.

“Os primeiros 10 segundos em um engasgo podem salvar uma vida”, destaca.

Mudança principal ocorre na técnica para bebês

A maior alteração se concentra no atendimento a bebês de até um ano que permanecem conscientes, mas deixam de respirar, chorar, tossir ou emitir sons.

“Nesses casos, o primeiro passo é chamar por ajuda e iniciar a manobra. O bebê deve ser colocado de bruços sobre o antebraço, com a mão apoiando o rosto em formato de ‘V’, mantendo a cabeça mais baixa que o corpo. Isso garante via aérea aberta e facilita a expulsão do objeto”, explica a médica.

O procedimento começa com cinco golpes firmes nas costas, entre as escápulas, aplicados com a região tenar e hipotenar da mão. Em seguida, o bebê é virado para a posição supina.

É neste ponto que ocorre a principal atualização.

“A técnica dos dois dedos para compressão torácica foi abolida. Agora, utilizamos a mesma região da mão dos golpes nas costas para realizar as compressões torácicas. O ciclo de cinco golpes e cinco compressões deve continuar até que o bebê desengasgue ou perca a consciência”, afirma a professora.

Se houver perda de consciência, o bebê deve ser colocado em superfície rígida e iniciada ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Crianças, adolescentes e adultos

As mudanças também alcançam as faixas etárias maiores.

“A manobra de Heimlich passa a ser precedida por cinco golpes nas costas, entre as escápulas. Depois, alternamos os golpes com as compressões abdominais até que o objeto seja expelido ou o paciente se torne inconsciente. Se isso acontecer, iniciamos RCP”, explica.

Capacitação com certificação internacional

A professora reforça a importância de pais, cuidadores e profissionais de saúde conhecerem as atualizações.

A Associação Americana de Cardiologia também é responsável por credenciar núcleos de certificação em atendimento de urgência, reconhecidos internacionalmente. A FACERES possui um desses núcleos e é a única faculdade de medicina brasileira a incluir as certificações oficiais da AHA em sua matriz curricular, formando médicos com habilitação internacional nesse tipo de atendimento.

A atualização das diretrizes reforça um alerta essencial: informação e ação rápida podem determinar o desfecho de uma emergência por engasgo.

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