FACERES promove evento inclusivo de extensão sobre capacitismo e direito das pessoas com deficiência visual

FACERES promove evento inclusivo de extensão sobre capacitismo e direito das pessoas com deficiência visual

Iniciativa integra parte do programa de extensão de atenção à pessoa com deficiência

Com o objetivo de quebrar preconceitos, promover humanização na prática médica e capacitar futuros profissionais da saúde, a faculdade de medicina FACERES, em parceria com o Centro de Reabilitação Visual – Instituto dos Cegos de Rio Preto, realizou o evento “Vivendo a Deficiência Visual na FACERES: Capacitismo e Direito das Pessoas com Deficiência”. Parte do programa de extensão de atenção à pessoa com deficiência, a iniciativa integrou palestras expositivas e rodas de conversa, abordando temas como deficiência visual, capacitismo e direitos em saúde.

A professora Renata Bereta Vilela, responsável pela disciplina de Práticas Extensionistas, destacou a relevância dos temas tratados. “Os temas discutidos foram o capacitismo, a quebra de preconceitos e a humanização da atenção médica. Também trouxemos à tona os direitos das pessoas com deficiência, algo que deve ser mais explorado dentro das universidades”, afirmou.

De acordo com o IBGE, 18,6% da população brasileira possui algum grau de deficiência visual, com 6,5 milhões enfrentando casos severos. Esses números reforçam a importância de formar profissionais sensíveis e capacitados para lidar com essa realidade. Para Regiane Pires, responsável pela equipe técnica do Centro de Reabilitação Visual, o evento proporcionou aos futuros médicos uma oportunidade única de aprendizado. “É essencial que eles pratiquem empatia, humildade e saibam acolher o próximo, entendendo como ajudar desde a abordagem inicial até o acompanhamento em consultas”, explicou.

A experiência foi enriquecedora não só para os estudantes, mas também para os usuários do instituto. “Foi um momento significativo que trouxe conhecimento e informações úteis tanto para os alunos quanto para as pessoas atendidas pela nossa instituição”, afirmou Romiro Pedro da Silva, gestor do Centro de Reabilitação Visual – Instituto dos Cegos de Rio Preto.

Janaína Guett Gomes Guimarães, deficiente visual total congênita e assistiva do instituto, ressaltou a necessidade de eventos como este para preparar melhor os profissionais de saúde. “Capacitá-los é fundamental para que tenhamos médicos mais preparados e conscientes”, diz.

Os estudantes também reconheceram o impacto positivo da iniciativa. “Essas atividades são essenciais para que desenvolvamos a sensibilidade necessária no cuidado com os pacientes”, destacou Fábio Galatti Marchiori, estudante de medicina.

O advogado Marcelo Lavezo, especialista em direito da saúde e pessoas com deficiência, apontou a importância de trazer a discussão para o ambiente acadêmico. “Conscientizar os futuros médicos sobre a necessidade de entender a deficiência de cada paciente é essencial para garantir um atendimento de qualidade e humanizado”, afirmou.

A iniciativa deixa um legado de conscientização, empatia e capacitação, promovendo uma mudança significativa na visão dos futuros médicos sobre a inclusão e o respeito à diversidade.

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