3ª Jornada de Saúde da População Negra da FACERES aborda doenças crônicas

3ª Jornada de Saúde da População Negra da FACERES aborda doenças crônicas

3ª Jornada de Saúde da População Negra da FACERES aborda doenças crônicas

Evento busca dar visibilidade e promover ações concretas para melhorar a saúde da comunidade negra em São José do Rio Preto.

A população negra brasileira, historicamente marginalizada e submetida a desigualdades sociais, enfrenta um fardo desproporcional de doenças crônicas. Diabetes, hipertensão, doenças renais e obesidade são apenas algumas das condições que acometem com maior frequência essa parcela da população. O percentual de pessoas que convive com múltiplas doenças crônicas é 50% maior entre as pessoas pretas do que entre as brancas, mostra Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil).

A pesquisa revela que a multimorbidade, ou seja, a presença de múltiplas doenças crônicas em um mesmo indivíduo, é ainda mais prevalente entre os negros, agravando o quadro clínico e dificultando o tratamento.

A 3ª Jornada da Saúde da População Negra da FACERES busca dar visibilidade a essa questão e promover ações concretas para melhorar a saúde da comunidade negra em São José do Rio Preto. O evento gratuito e aberto ao público, foi realizado na escola E.M.Profª  Regina Mallouk, no bairro Santa Clara.

O professor Araré Carvalho, docente do eixo Ética e Humanidades e organizador da 3ª edição da Jornada, destaca a relevância desse encontro. “O evento sai dos muros da faculdade para estar mais próximo da comunidade local, refletindo o compromisso da FACERES em promover e reconhecer a cultura negra”, afirma o professor.

Alunos do 2º e 3º ano de medicina, sob a supervisão da professora e médica cardiologista e clínica geral, Dra. Daiane Cassaro Pagani, realizaram atendimentos ao público. Entre as ações, estiveram a aferição de pressão arterial, medição de glicemia e orientações de saúde.

“Queremos prevenir doenças crônicas que podem levar a complicações graves, como infarto, arritmias e AVC, reduzindo incapacidades e mortalidade. Por isso, ações preventivas como essa são tão importantes”, destaca Dra. Daiane.

A iniciativa foi organizada pela faculdade de medicina FACERES em parceria com o Coletivo Antirracista Dr. Juliano Moreira e a ONG Meninas do Bem. Para Denise Maria Ferreira, coordenadora da ONG, a atividade reforça o cuidado com a comunidade. “Trazer essa ação para a população é essencial. É uma oportunidade de oferecer conhecimento, esclarecer dúvidas e fortalecer o cuidado com a nossa gente.”

Já Natália Ferreira Santana, estudante de medicina e presidente do Coletivo Antirracista Dr. Juliano Moreira, destacou a conexão criada com a comunidade:

“Essa é uma grande oportunidade de nos aproximarmos das pessoas, conquistarmos confiança e proporcionarmos não só um ambiente de acolhimento, mas também de aprendizado e orientações para melhorar a saúde”, conta a acadêmica.

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