Faculdade de Medicina FACERES amplia ações em saúde mental em empresas e escolas durante o Setembro Amarelo

Faculdade de Medicina FACERES amplia ações em saúde mental em empresas e escolas durante o Setembro Amarelo

Faculdade de Medicina FACERES amplia ações em saúde mental em empresas e escolas durante o Setembro Amarelo

Iniciativas unem prevenção, combate ao estigma e fortalecimento do cuidado emocional em diferentes cenários sociais.

Cerca de 660 crianças e adolescentes das escolas estaduais Prof. Antonio de Barros Serra e Prof. José Felicio Miziara participaram de uma atividade educativa sobre saúde mental, promovida pela Faculdade de Medicina FACERES em alusão ao Setembro Amarelo. A iniciativa integra o Eixo Ratione Saúde nas Escolas e contou com a participação dos alunos da 25ª turma, acompanhados pelos professores do Programa de Integração Comunitária (PIC).

Durante a ação, foi aplicada uma dinâmica interativa de mitos e verdades sobre saúde mental. As perguntas, elaboradas e validadas pelos docentes, estimularam a participação dos estudantes e abriram espaço para esclarecimento de dúvidas ao final.

Para conduzir a atividade, os acadêmicos passaram por uma capacitação em 5 de setembro, ministrada pela psicóloga Izabella Barufaldi Prette, especialista em Análise do Comportamento, que abordou os principais desafios da adolescência. O encontro destacou a importância de hábitos saudáveis — como sono adequado, prática de exercícios, habilidades sociais e gestão das emoções — além do papel fundamental da família, da escola e da comunidade no fortalecimento da saúde mental.

O projeto faz parte de um Programa de Extensão Saúde da Criança e do Adolescente e também está alinhado ao Programa Saúde na Escola (PSE), criado pelo Decreto Presidencial nº 6.286/2007, que promove o desenvolvimento integral de estudantes da rede pública.

De acordo com especialistas, fatores como pressões sociais, uso excessivo de tecnologias, violência, condições socioeconômicas e discriminação impactam diretamente a saúde mental dos adolescentes. Nesse cenário, a FACERES busca fortalecer a prevenção, combater estigmas e ampliar o acesso dos jovens à escuta qualificada e ao acolhimento emocional.

Para a acadêmica Julia Volpi Missiagia, a experiência é muito importante para a formação médica. “O projeto tem um impacto muito grande, pois permite que os estudantes saiam do ambiente teórico e vivenciem, de forma prática e real, os desafios da saúde mental na infância e adolescência. Desenvolvemos habilidades como escuta ativa, empatia, comunicação e trabalho interdisciplinar, cada vez mais valorizadas na prática médica. Além disso, ao lidar com diferentes contextos sociais e situações complexas, ampliamos nossa visão sobre determinantes sociais da saúde e a importância da prevenção. É uma experiência transformadora, tanto no aspecto técnico quanto humano”, comenta a estudante que participou do projeto.

A presidente do Eixo Ratione Saúde nas Escolas, Maria Luiza Bueno, também ressaltou os resultados dessa parceria coma faculdade.

“A atuação conjunta tem um impacto transformador. Só no último ano, mais de sete mil crianças e adolescentes foram alcançados pelas ações de saúde mental, o que nos emociona e reforça a importância de parceiros engajados e comprometidos com o cuidado ao próximo. A FACERES acolheu o Ratione com seriedade e sensibilidade, e isso se reflete no reconhecimento das escolas e nos resultados já percebidos na vida dos estudantes”, enfatiza.

Além das escolas, a FACERES também levou o tema para o ambiente corporativo. A pedido da UBSF Solidariedade, os alunos da 20ª turma realizaram uma palestra na Empresa Pacaembú com o tema “Saúde Mental do Trabalhador”, voltada aos colaboradores. A atividade reforçou a importância de olhar para o bem-estar emocional também no contexto laboral, favorecendo práticas de acolhimento e prevenção.

Para o estudante Pedro Henrique Lima, da 20ª turma, a experiência foi enriquecedora. “Falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho é fundamental. Muitas vezes, os trabalhadores enfrentam pressões e desafios silenciosos que podem comprometer sua qualidade de vida. Levar esse conhecimento até eles, com linguagem acessível e acolhedora, é uma forma de contribuir para a prevenção e também para a valorização do cuidado integral com a saúde”, destaca o acadêmico.

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