
Estudantes de medicina da FACERES orientam população de Guapiaçu sobre prevenção e combate à dengue
Iniciativa reforça medidas preventivas e o cuidado com a saúde coletiva.
Avanço da doença no estado de SP está relacionado à reintrodução do sorotipo DENV-3.
Diante do avanço da dengue no Brasil e no estado de São Paulo, iniciativas educativas são essenciais para conter a proliferação da doença. Em Guapiaçu, alunos da 24ª turma de medicina da FACERES, orientados pelos professores do Programa de Integração Comunitária (PIC), realizaram uma ação de conscientização nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) dos bairros CAIC, São José, Central, Antonieta e no Centro de Hidratação.



A iniciativa teve como objetivo informar a população sobre os sinais e sintomas da dengue, além de reforçar medidas preventivas, como o controle do mosquito Aedes aegypti e a importância da vacinação. Os alunos também esclareceram dúvidas e orientaram os moradores sobre onde buscar assistência médica em caso de suspeita da doença.
Para o Diretor de Saúde de Guapiaçu, Rogério Perpétuo Alves Anacleto, o projeto tem grande impacto na comunidade. “A participação dos estudantes de medicina em ações como essa fortalece a conscientização e contribui para reduzir os casos de dengue no município. É uma forma de aproximar a população das informações corretas e incentivar o cuidado com a saúde coletiva”, destacou.
A dengue segue como uma das maiores preocupações em saúde pública. O estado de São Paulo atingiu no dia 21 de fevereiro de 2025, o marco de 300 casos de dengue para cada 100 mil habitantes, nível considerado de situação de epidemia. Esse crescimento está associado à reintrodução do sorotipo DENV-3, que não circulava de forma predominante no país desde 2008, deixando grande parte da população suscetível.
Andreia Negri, Doutora em Ciência da Saúde, Coordenadora da Vigilância em Saúde de São José do Rio Preto -SP e professora da Faculdade de Medicina FACERES, alerta para os riscos da infecção por diferentes sorotipos da dengue. “O risco também é maior em relação à gravidade, porque uma pessoa que já teve um tipo de dengue antes, quando contrai novamente, pode evoluir para um quadro mais grave devido à resposta imunológica ao sorotipo anterior. Isso é um agravante para regiões consideradas hiperendêmicas. Existem quatro sorotipos da dengue, então uma pessoa pode ter a doença até quatro vezes. Alguns sorotipos estão mais associados à virulência, ou seja, à gravidade da infecção e ao risco de óbito. Os mais virulentos, geralmente, são o tipo 2 e o tipo 3”, explicou.