Coletivo FACERES LGBT+ promove palestra para conscientização sobre violência obstétrica

Coletivo FACERES LGBT+ promove palestra para conscientização sobre violência obstétrica

Evento traz à tona realidade alarmante que atinge muitas mulheres durante o parto

O Coletivo FACERES LGBT+ juntamente com a IFMSA Brazil, Coletivo Antirracista, Núcleo Acadêmico Cultural, Coletivo Frida Kahlo e a Liga de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de medicina FACERES promoveram a palestra para a conscientização e combate à violência obstétrica, intitulada “Violência Obstétrica e suas formas de manifestação”.

A violência obstétrica, definida pelo Ministério da Saúde como abusos, negligências e desrespeitos dirigidos à gestante ou parturiente, é um problema que atinge uma parcela significativa das mulheres durante o parto. Desde a negação do acesso ao pré-natal até o uso de expressões desrespeitosas e intervenções médicas desnecessárias, as formas de violência obstétrica são diversas e alarmantes.

Segundo estudo da Fiocruz, a violência obstétrica afeta cerca de 45% das mulheres na rede pública brasileira, resultando em perdas gestacionais, lesões físicas e traumas emocionais. Mesmo na rede particular, o índice ainda é de 30%, destacando a urgência de enfrentar esse problema em todas as esferas da saúde.

A palestra, conduzida por Dr. Paulo Fasanelli, médico ginecologista e obstetra, trouxe à tona questões importantes relacionadas à violência obstétrica, um tema muitas vezes negligenciado, mas de extrema importância para a saúde e o bem-estar das mulheres durante o parto. Uma oportunidade para profissionais de saúde, gestantes, familiares e qualquer pessoa interessada em promover o respeito aos direitos reprodutivos das mulheres.

O presidente do Coletivo FACERES LGBT+ e acadêmico da 17ª turma de medicina da FACERES, Guilherme Gonçalves Andrade Silva, ressalta a importância de abordar não apenas a violência obstétrica em si, mas também seus recortes interseccionais, como o viés racial e de gênero: “Abordamos não apenas a violência obstétrica, mas também que para as mulheres pretas ela ainda é pior, tem o recorte, o viés da raça, e de gênero também, uma vez que homens trans podem gestar também”, reitera o estudante.

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