Alunos do internato da faculdade de medicina FACERES participam do 1º Curso Últimos Socorros realizado na instituição
Treinamento prepara os futuros médicos para cuidar com empatia e humanidade até os últimos momentos de vida
Entendendo que Últimos Socorros são tão importantes quanto os Primeiros Socorros, os estudantes da faculdade de medicina FACERES, além de aprenderem BLS (Basic Life Support – Suporte Básico de Vida), também tiveram a oportunidade de conhecer os Últimos Socorros.
Neste treinamento, foram oferecidas informações e técnicas a fim de que qualquer pessoa possa ter um conhecimento básico sobre o que é possível fazer ao acompanhar uma pessoa no final da vida.
O curso teve como facilitadoras, a enfermeira Karin Schmid e a médica especialista em Cuidados Paliativos, Dra. Patricia Cury, docente da FACERES. “É um aprendizado fundamental para que nossos alunos possam exercer a medicina com ainda mais humanidade e respeito, especialmente nos momentos mais delicados da vida de um paciente”, destaca a Dra. Patrícia.
Para Karin Schmid, muitos dos conhecimentos antigos sobre a morte foram se perdendo ao longo da história da nossa sociedade. “É uma formação que resgata técnicas e conhecimentos antigos e que todo mundo pode fazer, gerando uma conexão muito melhor com o nosso familiar até o final da vida. Muita gente tem medo, não sabe se pode entrar no quarto do hospital, se pode dar um abraço, um beijo,no final da vida, então a gente desmistifica isso”, explica Karin.
O curso dos Últimos Socorros acontece em formato de roda de conversa com apresentações intercaladas com troca de experiências, perguntas e diversas técnicas.
Origem e Evolução
A ideia do curso de Últimos Socorros pela primeira vez em 2008 e foi apresentada pelo alemão Georg Bollig, que é médico intensivista, como parte de sua tese de mestrado em Cuidados Paliativos. Foi publicada em 2010 no livro “Palliative Care für alte und demente Menschen lernen und lehren”.
Na sequência, a ideia e os cursos foram apresentados em inúmeros eventos e congressos.
Os primeiros cursos aconteceram na Noruega (2014) e na Alemanha e Dinamarca (2015) e as experiências publicadas em um artigo de Bollig und Heller (2016): The last aid course – A Simple and Effective Concept to Teach the Public about Palliative Care and to Enhance the Public Discussion about Death and Dying.
Desde então mais de 20.000 pessoas em 20 países já participaram do curso. E desde 2020 ele também é ofertado no Brasil.