1º Fórum Internacional de Aperfeiçoamento Curricular do curso de medicina da FACERES
Evento discutiu a formação do futuro profissional de medicina na atualidade
A Faculdade de Medicina FACERES realizou no 01 de dezembro, o “1° Fórum Internacional de Aperfeiçoamento Curricular”. Este evento ocorreu na faculdade, durante toda a manhã e se constitui em um marco na formação médica brasileira.
O objetivo central deste fórum é reunir a comunidade acadêmica, representantes da sociedade civil organizada, movimentos sociais, organizações não governamentais (ONGs), organizações sociais (OS), instituições governamentais e diversos outros setores relevantes, para debater as habilidades e competências fundamentais que os futuros médicos deverão adquirir para atender às demandas crescentes de uma sociedade cada vez mais inclusiva, multicultural e que valorize a sociodiversidade.
A escola médica moderna deve estar atenta às transformações da sociedade. Não basta somente a atualização tecnológica. É necessário formar médicos que consigam atender as demandas reais da população, principalmente nos aspectos culturais, sociais e inclusivos.
O 1° Fórum Internacional de Aperfeiçoamento Curricular do Curso de Medicina da FACERES é um espaço de diálogo, relato de experiências e reflexão sobre como adaptar o currículo do curso de medicina para formar profissionais preparados para enfrentar os desafios das transformações da sociedade e do sistema de saúde.
“A ideia do evento surgiu quando percebemos que alfabetizar todos os alunos para consultar em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) não seria suficiente para torná-los médicos mais inclusivos. Por isso, foram convidados diversos segmentos da sociedade como deficientes físicos, negros, mulheres, deficientes visuais, indígenas, entre outros,” explicou Dr. Toufic.
“Coletamos propostas dos diferentes segmentos da sociedade. A próxima etapa será mapear e verificar a possibilidade de inclui-los na estrutura curricular da faculdade”, explica o organizador do evento, Professor Dr. Araré Carvalho.
Gizele Juá Erã, representante do povo indígena Kixelô Kariri, no sertão do Ceará, destacou a importância do Fórum em evidenciar a necessidade de compreender os povos indígenas e outras etnias, cada um com suas particularidades. “É fundamental que os futuros médicos nos reconheçam em nossas individualidades”.
Lívia Maria de Carvalho, representante da OAB-Rio Preto/Comissão de Igualdade Racial, ressaltou a magnitude do evento ao integrar diversas comunidades, entidades e associações, com o objetivo de aprimorar o ensino médico. “É importante para nós, enquanto comunidade, sermos tratados com igualdade, recebendo atendimento médico com a mesma atenção e cuidado dedicados ao restante da população.”
Segundo Carlos Medeiras, representante da comunidade Só por Hoje, a riqueza do evento se deu por meio da diversidade de profissionais e instituições presentes e ideias apresentadas. “É essencial que o médico não se limite apenas à doença ou à substância, mas compreenda tudo que está por trás desses elementos e vícios.”
Para Bianca Main, representante da Comissão de Direitos Médicos da OAB Rio Preto o evento abordou questões relevantes para enriquecer a prática profissional. “É fundamental agregar conhecimento jurídico, muitas vezes desconhecido pelos profissionais, como questões relacionadas a transfusão de sangue, aborto, elaboração de laudos médicos e termos de consentimento.”
Participaram mais de 50 pessoas representando 16 instituições de Rio Preto e região.